sexta-feira, 27 de julho de 2012

QUAL É A MÚSICA?


O futebol tem muita haver com a música, ha quem diga que futebol, samba e cerveja são as coisas que mais se completam. E muita das vezes os times de futebol demonstram se apresentar em campo em um ritmo que pode até ser comparado com ritmos musicais.

Exemplo claro e de um passado bem recente é o time do Santos campeão da Libertadores do ano passado, jogava com uma felicidade que parecia jogar ao som de uma escola de samba, com ritmo forte e envolvente.
No outro extremo o time do Cruzeiro do ano passado que lutou para não cair parecia estar jogando em outro ritmo, ao som da marcha fúnebre, desesperado e sem rumo, mas conseguiu no suspiro final do campeonato jogar ao ritmo de um rock pesado, com muita garra se salvou da degola.

Entramos em 2012 e os fiascos novamente ao lado do Cruzeiro, campeonato mineiro e Copa do Brasil já se foram e junto se foi Vagner Mancini. A vinda de Celso Roth era a expectativa de se remontar e escolher um novo ritmo musical a seguir.

Ao término da 12º rodada do campeonato brasileiro ainda não conseguimos identificar “qual é a música...” do time comandado por Roth. É bem verdade que trocar o pneu de um carro com ele andando é bem complicado e se algo der errado talvez o borracheiro não tenha tanta culpa.

A torcida celeste que há alguns anos se acostumou, a saber, na ponta da língua o time titular, ao chegar ao fim do mês de julho ainda não sabe os onze titulares do Cruzeiro. Com uma campanha regular o Cruzeiro faz o que consegue, sem apresentar grande evolução perde uma ganha duas, e perde duas, ganha uma.

É importante que alguns entendam, tenham paciência e não se iludam com algumas atuações, pois o Cruzeiro de 2012 invés de um ritmo musical está se comparando a uma música especifica, Ana Carolina com “É isso aí...”.

Não façam terra arrasada por um jogo mal jogado e uma derrota para um grande, e nem se iludam com uma boa vitória sobre um adversário tradicional, esse ano é isso ai, a reformulação do Cruzeiro terá que passar por esses momentos.

O futebol não tem mistério e os times jogam conforme a banda toca, quem faz música a um bom tempo junto quando vai se apresentar se sai melhor. Corinthians o campeão da Libertadores, Coritiba finalista do Copa do Brasil e Vasco que está na ponta da tabela jogam juntos a no mínimo dois anos.


Luigi Reis

quinta-feira, 19 de julho de 2012

RONALDINHO GAÚCHO VAI SER SUBSTITUÍDO ALGUM DIA NO ATLÉTICO?


Eu sei que ele tem a função de puxar a marcação, faz bons passes... Mas no jogo contra o internacional quem deveria ter saído para entrada do Leleu, isso mesmo Cláudio Leleu, era Ronaldinho. A estrela estava abaixo do restante do grupo, errando muitos passes e não finalizava nem em lances claros de gols.

 Ronaldinho tem moral com a torcida, isso é claro, qualquer jogada do 49 do galo é motivo de aplauso da torcida. É verdade que ele distribuiu chapéus nos jogadores colorados, mas de produtivo mesmo quase nada.

Claro que não defendo a saída dele do time titular, mas vão ter jogos que quem tem que sair é ele, sob pena de uma bola perdida pelo jogador acabar em contra ataque e gol do adversário.

A pergunta é, cuca vai ter peito de tirar Ronaldinho, mesmo correndo risco de tomar uma sonora vaia da massa? Espero que sim, só assim será um treinador digno do título nacional tão sonhado por ele e pela torcida alvinegra.

Felipe Junqueira

terça-feira, 17 de julho de 2012

FALTOU PLANEJAMENTO!


Já estamos em julho e, até agora, o Cruzeiro não se encontrou na temporada. Para o técnico Celso Roth, a situação não é das melhores por causa das escolhas erradas do começo do ano. 

“Ninguém faz escolhas erradas sem pagar o preço. Quando inicia uma temporada, se fizer, em qualquer situação ou qualquer clube, escolhas erradas nas contratações de jogadores ou da comissão técnica, você vai pagar depois”, destacou o treinador na coletiva desta terça-feira (17). 

Em partes, o treinador cruzeirense tem razão. Os erros começaram no planejamento desta temporada, feito pelo então diretor Dimas Fonseca e pelo presidente Gilvan Tavares. A diretoria apostou em jogadores que ainda buscam lugar ao sol. Mas o perfil adotado não deu certo. 

Foram 21 contratações em 2012. Para se ter uma ideia, o único titular contratado do período Dimas é o zagueiro Mateus. A situação mais estranha é a do colombiano Diego Arias. Ele chegou com status de ídolo, mas participou apenas do amistoso contra o América no começo da temporada. 

O atacante Walter, emprestado pelo Porto-POR até o final do ano, chegou como solução para o ataque e já foi embora para o Goiás com a fama de "gordinho" e reclamando que o shopping era longe da casa dele. 

Teve também a contratação do lateral-direito Jackson. Lembram dele? Ele veio do Dallas-EUA, mas foi dispensado sem fazer um jogo oficial. Destaque negativo também para as passagens de Rudnei e Fábio Lopes pela Raposa. Chegaram e foram embora sem ser notados. 

Sai Dimas, entra Alexandre Mattos

No final de fevereiro, Dimas Fonseca saiu e deu lugar à Alexandre Mattos. A principal meta do atual diretor é ajustar a equipe, aos poucos. Algumas mudanças já foram feitas. Vágner Mancini deixou o comando técnico depois dos fracassos no Campeonato Mineiro e na Copa do Brasil. Celso Roth chegou para tentar arrumar à casa. Repito: tentar. 

O Cruzeiro é um time que tenta se remontar depois de tantos erros, principalmente, do período Dimas. Depois que Mattos assumiu, foram 10 contratações para consertar os erros. 

O time até mostrou poder de reação nas seis primeiras rodadas do Brasileirão. Mas, após três derrotas consecutivas, a pressão voltou na Toca da Raposa. Celso Roth sabe que não é o culpado, mas também sabe que pode pagar o pato pela falta de planejamento do início do ano. 

As próximas semanas serão essenciais para o comandante. Se o time reagir, ele pode se tranformar no símbolo positivo da equipe na temporada. Mas se a equipe continuar em queda, o treinador será apenas mais um que não deu certo em 2012. 

Tanto drama por causa da falta de PLANEJAMENTO. 

CONTRATAÇÕES 2012: 
Laterais: Jackson, Gilson e Ceará
Zagueiros: Thiago Carvalho, Mateus, Alex Silva e Rafael Donato
Volantes: Rudnei, Amaral, Marcelo Oliveira, Diego Arias, Charles, Tinga, Willian Magrão e Sandro Silva
Meias: Souza e Martinuccio
Atacantes: Walter, Fábio Lopes, Fabinho e Borges

LUCIANO DIAS

segunda-feira, 16 de julho de 2012

VAIAR É SAUDÁVEL

Opa internauta!

Apesar do nome do blog, este espaço não foi feito somente para dar “caneladas” nos clubes mineiros, que praticam o esporte mais amado pela maioria da população mundial, o futebol.

Este espaço será utilizado para expor ideias, comentar sobre os times mineiros e, quando for preciso, dar umas “Butinada na Canela”.

Por coincidência, este espaço será inaugurado, infelizmente, com pancadas. O Cruzeiro deu um vexame na arena Independência, levou uma verdadeira coça do Grêmio. O resultado final, 3 a 1 para o tricolor gaúcho.

O time de Celso Roth foi uma piada, em nenhum momento ofereceu perigo à equipe de Porto Alegre. Os comandados do treinador estavam apáticos e muitas falhas foram cometidas. No segundo gol, Everton chegou a fazer um gesto que a bola sairia pela linha de fundo, patético. Bom, a atuação foi medonha e das arquibancadas veio a reação que é normal e esperada pelos amantes do bom futebol, muitas vaias.

Só que nem todos concordaram com o protesto, nas redes sociais muitos torcedores condenaram as manifestações que aconteceram no estádio. Então vou contar uma história para vocês:

Tenho 35 anos, fui ao Mineirão pela primeira vez aos 5 e não parei mais. Acompanhei uma fase do Cruzeiro que torcer para o time era muito difícil, e vou provar. Vamos ver algumas escalações da equipe:

1980 - Luiz Antônio, Bianchi, Zezinho Figueiroa, Nelinho, Luís Cosme, Erivélton, Zé Carlos, Alexandre, Nélio, Luís Carlos Oliveira, Jarbas, Joãozinho 
Técnico: Hilton Chaves

1981- Luis Antônio, Zé Carlos, Zezinho Figueroa, Luis Carlos Teixeira, Luis Cosme, Toninho, Alexandre, Eduardo, Carlinhos, Roberto César, Joãozinho
Técnico: Cláudio Garcia

1982- Luis Antônio; Carioca, Zezinho Figueroa, Osíres e Luis Cosme; Geraldo, Eudes e Tostão; Bendelack, Edmar e Edu Lima 
Técnico: Yustrich.

1983 - Vitor; Carlos Alberto, Luis Cosme, Ailton e Ademar; Orlando, Eduardo e Ivan, Carlinhos, Tostão e Joãozinho 
Técnico: Orlando Fantoni

1984 - Ademir Maria; Carlos Alberto, Geraldão, Eugênio e Ademar; Douglas, Palhinha e Tostão; Carlinhos, Carlos Alberto Seixas e Joãozinho
Técnico: João Francisco.

1985 - Ademir Maria, Eugênio, Orlando Fumaça, Orlando, Douglas, Edu Lima, Tostão, Carlinhos, Quirino, Luís Cosme, Ademar, Carlos Alberto Seixas, Dedé de Dora.
Técnico: João Francisco 

E aí, concordam? Cada time pior que o outro.

Na terrível década de 80 o Atlético-MG venceu 8 Campeonatos Mineiros, enquanto o Cruzeiro teve êxito em apenas 2.

Acho que está comprovado. Ser cruzeirense nessa época não era nada fácil... Essa turma que “sobreviveu” à todas as dificuldades mencionadas, atestam a sua fidelidade com o Cruzeiro Esporte Clube.

Agora eu vou contar um fato que, provavelmente, muitos ficarão chocados, já que protestar contra o time virou praticamente um crime. Nessa década maldita, o que os torcedores do Cruzeiro mais faziam era... PROTESTAR. Sim, fiquem pasmos! Como o time era vaiado. 

Certamente na visão de alguns torcedores de hoje, os torcedores daquela época seriam considerados rebeldes, verdadeiros revolucionários ou, até mesmo, uns demônios, que desejavam destruir o clube. NÃO. Não eram nada disso, no máximo torcedores que não aceitavam a mediocridade do seu time e colocavam a boca no mundo.

E cá para nós, isso não prejudicou o time. Muito pelo contrário! Na verdade ajudou o Cruzeiro a se reerguer. Tanto que na década seguinte o clube ganhou inúmeros títulos e tomou gosto pela coisa.

Década de 90:
1 Libertadores(1997), 2 Supercopas(1991, 1992), 1 Recopa(1998), 1 Copa Ouro(1995), 2 Copas dos Campeões Mineiros(1991, 1999),2 Copas do Brasil(1993, 1996) 1 Copa Master da Supercopa(1995), 6 Mineiros(1990, 1992, 1994, 1996, 1997, 1998), 1 Copa Centro-Oeste(1999)

Anos 2000:
1 Brasileiro(2003), 2 Copas do Brasil(2000, 2003), 2 Sul-Minas(2001, 2002), 5 Mineiros(2002, 2003, 2004, 2006, 2008)

Então torcedores mais jovens, quem ama cuida, dá puxão de orelha quando é preciso. Este negócio de apoio incondicional é irracional, é amor bandido, pernicioso. E a consequência é a administração que o Cruzeiro tem hoje,  diretamente refletida dentro de campo.

Abre o olho galera!